'Sou Brasil e amo vocês', diz Shakira, com Ivete, em show no Rock in Rio
Colombiana dividiu os vocais e o rebolado com a baiana em 'País tropical'.
Artista pop fechou o 5º dia do Rock in Rio, que também teve Lenny Kravitz.
Ela não usa playback, softwares para corrigir a voz e utiliza sintetizadores com moderação. Mesmo assim é de Shakira o melhor show dentre as várias divas pop que cantaram nesta edição do Rock in Rio. Sem deixar de mexer os quadris por um segundo e correndo de um lado para o outro do palco o tempo todo, a enérgica cantora colombiana fez uma apresentação completa que foi do rock ao flamenco, do eletrônico a world music, do pop a MPB: ela cantou “País tropical” ao lado de Ivete Sangalo.
A participação foi uma das surpresas que a artista preparou para a noite. Em março,Shakira se apresentou em São Paulo e deixou de fora do set list “Estoy aqui”, hit que a tornou um fenômeno no Brasil em 1996. Para o show desta noite, teve até fã levando faixa para ela não esquecer do sucesso novamente. E deu certo: foi a canção que abriu o espetáculo, levando a delírio os 100 mil pagantes.
“Meu desejo para essa noite é que todos se divirtam. Estou aqui para satisfazê-los. Aproveitem que esta noite sou toda de vocês”, anunciou a cantora após “Te dejo Madrid”, esbanjando simpatia em um português carregado, quase lusitano.
A primeira parte do concerto é praticamente roqueira e traz Shakira fazendo pole dance no pedestal do microfone por várias vezes. A banda de apoio solta o dedo e deixa faixas como “Whenever, wherever” ainda mais pesadas. A música, dançante na versão original, conta com um trecho de “Unbelievable” do EMF e teve a participação de seis garotas chamadas por Shakira ao palco – a ideia era que elas repetissem o rebolado da artista. Não deu lá muito certo, apesar dos esforços.
A partir de “Inevitable” o espetáculo diminuiu o seu ritmo e chegou ao ápice com uma versão flamenca de “Nothing else matters”, do Metallica. Sem a justa calça preta e agora de saia de cigana, a cover serve para introduzir “Gipsy”, “Tortura” e “Sale el sol”, em que ela abriu o colete e exibiu o top – e um pouquinho mais da invejável forma física.
“Las de la intuición” abre a parte eletrônica do show, que traz as irresistíveis “Loca”, “She wolf” e “Ojos así”, com Shakira fazendo uma performance solo de dança do ventre que entortou o pescoço da ala masculina.
Para o bis, a maior surpresa da noite: “País tropical”, que já estava prevista no repertório, teve a participação de Ivete Sangalo, que a colombiana fez questão de chamar de amiga. “Sou Brasil e amo vocês”, resumiu Shakira, no ritmo de “sou flá-flá, ela é nenê”.
A partir daí a apresentação se tornou uma festa ainda maior, com “Hips don’t lie” e “Waka, waka”, que teve diversos fãs dançando ao lado da colombiana.
Maná conquista brasileiros com bolas
de futebol e hits de novela
Banda mexicana tocou por 55 minutos neste sábado (1º) no Palco Mundo.
Show teve participação do guitarrista Andreas Kisser, do Sepultura.
Para conquistar de vez o público brasileiro, em sua quarta vinda ao país, o Maná não poupou hits de novela e bolas de futebol. Ao fim do show, jogaram bolas para o público ao som de "Clavado en un bar". O show neste sábado começou às 21h45 com "Lluvia al corazón", uma das duas faixas do disco "Drama y luz", de 2011, ao lado de "Latinoamerica".
"Boa noite! Somos Maná, da terra da tequila e dos mariachis", apresentou o vocalista Fher Oliveira. Mais didático impossível. O som e os versos do grupo também são bem diretos. Difícil contar quantas vezes Fher canta a palavra "corazón" ("trending topic" imbatível nas letras do grupo) para descrever seus sentimentos e embalar casais que esperavam pelo Coldplay.
Foram nas trilhas de novela da TV Globo, no entanto, que os fãs levantaram braços e se arriscaram no portunhol. A primeira foi "Vivir sin aire" (de "Mulheres apaixonadas", 2003). O cantor da banda respondeu com vários "do c...", expressão em português muito usada por Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial.
A reação em "Vivir sin aire" (tema de "Mulheres apaixonadas", de 2003) foi ainda melhor. Não era preciso exibir a letra no telão. O "Luau in Rio" foi completado por "En el muelle de San Blas" (diretamente da trama de "Sabor da paixão", 2003).
Aos três pop rocks românticos de novela, a banda somou canções que vão do reggae ("Oye mi amor") ao rock sacolejante "Corazón espinado". O hit teve participação de Andreas Kisser, do Sepultura. Tomando o posto do mexicano Santana, que toca guitarra na gravação original, Andreas se tornou o artista mais "arroz de festa" do Rock in Rio. Ele se apresentou com o Sepultura no Palco Sunset e deu canjas com Maná e Motörhead, no dia do metal.
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